segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ora, Porque é Líquido!

por WART
Beber. Beber pra comemorar. Beber pra passar o tempo. Beber pra esquecer. Beber por merecimento. Beber por necessidade. Beber pra abrir o apetite. Beber pra dormir. Beber pra não acordar. Beber pra curar. Beber pra adoecer. Beber pra ficar bêbado. Beber sem motivo. Beber por todos os motivos. Só não deixar de beber. Vamos beber?

O consumo de bebidas alcoólicas é algo intrínseco à vida do ser humano, já está gravado no genoma, nem por força de macumba se pode mais separar um do outro. É praticamente um complemento vital, como o ar ou o sangue, que se chegasse um dia a faltar, impossibilitaria a continuidade da vida na Terra. Sim, o álcool é uma peça chave de nossas vidas, sem ele tudo ficaria bem mais difícil. Este nosso amigo está conosco há pelo menos 5000 anos e está bem longe de nos deixar. Quem, questiono, quem seríamos nós para repudiarmos sua existência, influência e necessidade?

Lembro que há alguns anos eu e meus amigos nos reuníamos tão somente para conversar. Ficávamos sentados no banco da praça vendo as pessoas passarem, conversávamos sobre todo tipo de coisa durante horas, diálogos sóbrios sem nem uma gota sequer de álcool. Bebíamos uma vez perdida, num fim de semana para festejar um aniversário por exemplo, bebíamos uma lata de cachaça e ficávamos todos embriagados, eufóricos. Bons tempos.

Com o passar dos anos, o álcool foi se juntando a nós, passou a fazer parte de nosso círculo de amizades. Ele era o amigo mais presente, raramente não estava lá, sempre animando o ambiente, provocando risadas. Nunca pedia nada em troca, generoso como só ele poderia ser. Quando não comparecia, ficava aquele clima estranho, aquela ausência um tanto quanto incômoda, mas até então suportável.

Hoje em dia, se não tiver birita, ninguém sai de casa. Quem danado vai sair do conforto do lar pra ir conversar besteira na rua? Não faz sentido. Se quiser ficar conversando, fique no MSN, ou Orkut, ou qualquer dessas coisas. Se é pra sair de casa, tem que beber. Se é pra ir num show, tem que beber. Se é pra ir numa missa, tem que beber. Num batizado, beber. Vacinar-se, beber. Cortar cabelo, beber. Fazer prova de concurso público para auxiliar de serviços gerais da prefeitura de Puxinanã, beber!

Digo sem medo que 90% dos meus amigos são alcoólatras, assim como eu. E passamos bem longe de ter receio de admitir isso. Não existe vergonha nem essa de ficar sem jeito. Em alguns momentos temos até orgulho de contar as quantidades infinitas de álcool que ingerimos na festa passada (sempre aumentando um pouco mais pra parecer mais forte e resistente). É tipo uma competição para ver quem é o maior bebedor de todos, o que consegue passar mais tempo sem apagar (se bem que ultimamente foi criada uma modalidade para ver quem apaga primeiro). Ou seja, estando bêbado e continuando a beber é a conta!

O álcool é uma constante em minha vida, eu realmente dependo dele. Ele sempre está comigo nos momentos mais difíceis, como também nos mais fáceis, como também nos momentos normais (por que não?). As maiores lições de vida que já tive foram durante minhas bebedeiras, exemplos que no momento que vi, tive certeza que mudariam meu modo de encarar o mundo para sempre... o problema é que de um tempo pra cá, adquiri amnésia alcoólica e já não lembro de quase nada no dia posterior. Contudo, não consigo ver o álcool como uma ameaça, pois quem o procura sou eu, o primeiro gole sempre se dá de forma consciente (quando não se está de "redonda", claro), é muita fraqueza de espírito dizer que foi influenciado a beber, que fez sem querer.

Eu ainda não sei onde estou querendo chegar com este texto. Talvez seja uma tentativa minha de amenizar a situação e torná-la mais aceitável, criar uma desculpa para justificar minha necessidade, pois sei, ao menos, que nunca pararei definitivamente de beber.

Hoje, à véspera de completar 25 anos, já percebo os encargos físicos e mentais que eu trouxe à minha vida com o álcool. Problemas que tenho consciência de que tendem apenas a severizar-se com o tempo. Entretanto, não posso viver condicionando minha vida a eventos futuros. Posso vir a morrer na próxima semana com um meteoro caindo em minha cabeça antes mesmo de desenvolver uma cirrose... logo, tenho que aproveitar a vida, não?

... falando em aproveitar e, como dito, amanhã é meu aniversário, vamos beber?

8 comentários:

Dalva disse...

Nunca mais beberei!!!

Dalva disse...

Nem acredito que li tudo isso...só suas besteiras mesmo para atrair minha atenção!

Diarréia Constante disse...

claro que beberemos, velho amigo!

Unknown disse...

a culpa disso tudo eh pq completamos 18 anos, daí aparecem o álcool, as drogas e o melhor de todos o "amor" se q mim entendem,heheheheheh, ei mas amnésia álcoolica eh foda, já convivo com ela a vários anos

Dalva disse...

Parabéns Gustavo!
Vamos beber?

Anônimo disse...

simsimsimsimsimsimsimsim


vou levar um presente pra vc muleke!!!!


andréia

ederson disse...

faça um teste, amigo gustavo. Durante a leitura eu tentei imaginar como seria minha vida sem o álcool. Não deu. Não deu mesmo. Eu iamagino a vida sem computador, sem bicicleta, mas sem ácool...Minha cabeça travou pela primeira vez.
Travou com força.

Tiago disse...

Apoiado!Até pq sou mais ainda viciado em açúcar que em álcool e sei o que isso pode me fazer ,mas não pretendo chegar nem perto dos 80 anos então vamos beber!(especialmente se for um drinque doce)

layout por WART :]