No último domingo (dia 5) aconteceu aqui em Natal a terceira e penúltima edição do Festival DoSol Warm Up, que como o nome já entrega, é um aquecimento para o Festival DoSol 2009, que acontece no começo de novembro. Essa terceira edição foi dedicada ao Metal e contou com a participação das bandas Comando Etílico (RN), Headhunter D.C. (BA), os mexicanos do Strikemaster e os americanos do Omen. E eu fui lá conferir.
Mais um domingo frio e cinzento na capital potiguar; mais um dia chuvoso, sem trégua. Os shows estavam marcados para às 16 horas, mas, como essa era a hora que eu saía do trabalho, só cheguei no Centro Cultural DoSol às 17h20. O Comando Etílico já estava tocando, então corri pra ver o resto do show. A entrada custava R$ 25 - para alguns um preço bem salgado, para a maioria, um preço justo, tendo em vista as bandas gringas. Como o Metal não é muito a minha praia, não esperem ler aqui nada além do ponto de vista de um leigo.
Mais um domingo frio e cinzento na capital potiguar; mais um dia chuvoso, sem trégua. Os shows estavam marcados para às 16 horas, mas, como essa era a hora que eu saía do trabalho, só cheguei no Centro Cultural DoSol às 17h20. O Comando Etílico já estava tocando, então corri pra ver o resto do show. A entrada custava R$ 25 - para alguns um preço bem salgado, para a maioria, um preço justo, tendo em vista as bandas gringas. Como o Metal não é muito a minha praia, não esperem ler aqui nada além do ponto de vista de um leigo.
E vamos aos shows.... O Comando Etílico é uma banda que despensa apresentações (até mesmo aqui no blog); infelizmente, peguei só o finalzinho do show, e acabei vendo duas músicas próprias - que vão estar no debut dos caras que deve sair próximo mês - e os dois covers que encerraram a apresentação: "Trilha do Metal" dos mineiros do Kamikaze e "Divina Tormenta" do Sodoma, uma das primeiras bandas de Metal do RN. Alguns camaradas mais exaltados subiram no palco e ficaram brincando de "Boneco de Olinda" - problema logo resolvido por Foca, dono da casa. Gosto muito do show do Comando e percebo uma energia inesgotável nos caras; é como se cada show fosse especial pra eles. O destaque fica por conta do carisma e dos solos do guitarrista Lucas Praxedes.
Ah, vale lembrar também que o som estava impecável. Como há muito eu não ouvia no DoSol.
Em seguida foi a vez do Strikemaster do México. Apesar do pouco tempo de estrada e da aparente pouca idade dos componentes, os três chicos arrebentaram os tímpanos dos presentes. Sem frescura e quase sem nenhum contato com o público (exceto por uns dois "muito obrigado, Natal"), a banda apresentou seu Thrash Metal old school poderoso, rápido e quase sem intervalos entre as músicas. O som dos caras me lembrou, em certos momentos, os alemães do Tankard - comentário que ouvi logo em seguida ao meu redor. O destaque aqui ficou por conta do baterista, que além de agitar pra carvalho e fazer firulas com as baquetas, tocava monstruosamente bem.
O que sobrou de carisma da banda da casa, faltou no vocalista/guitarrista mexicano; terminado o show, largou a guitarra na mão do rodie, pegou uma cerveja, desceu do palco e num deu nem pra conferir. Mas tudo bem, o show valeu o ingresso.
Na sequência veio o Headhunter D.C. da Bahia. Esses já entraram com o jogo ganho. Muita gente ali foi na intenção de vê-los. Com mais de duas décadas de vida, os baianos continuaram a odisséia destruidora de ouvidos. Era tanta 'porrada', que não aguentei e fui dar um tempo lá fora. Comer alguma coisa, hidratar o fígado antes de maltrata-lo um pouco mais pelo resto da noite... Voltei já no finalzinho do show e vi um 'ensaio' de roda de pogo (que vinha sendo pedida desde o baixista do Strikemaster), mas que logo disperçou. O destaque, por mais genérico que pareça, foi a banda como um todo. Músicas de qualidade, muito bem executadas e um headbaggin' sincronizado durante todo o show (acho essa parte muito massa).
A partir desse ponto, me surpreendi. Supresas boas e ruins. Com três shows excelentes abrindo a noite e muita cachaça no juízo de todo mundo (incluindo o meu), achei que o público, por maior que fosse a expectativa para ver o Omen (sem trocadilhos, por favor), não aguentaria mais agitar e ia ficar parado, só curtindo o show. Ledo engano. A galera (que já era bem maior que no começo da noite) foi pra frente do palco, agitou pra caramba e cantou as músicas da banda americana como se não houvesse amanhã. Outra surpresa nessa hora foi a presença de palco do baixista; na primeira música ele teve um problema técnico (não dava pra ouvir o baixo) e abandonou o palco por um tempo mas voltou em seguida com o mesmo gás. O tiozão parecia que tava tocando no Maracanã, gostei muito. A pior surpresa foi o vocalista. O gigantesco George Call, pra mim, foi uma grande decepção. O cara tem uma voz esquisita, afinada, mas bem esquisita. A guitarra (ou os amplificadores) não esatavam nos seus melhores dias. No geral, achei a apresentação bem fraca, agravada pela voz de George Call.
Em meio a tudo isso, a cerveja no DoSol acabou e os americanos ainda não estavam nem na metade do show. Ponto negativo pro DoSol. É a quarta vez que presencio isso. Pra completar, o único vendedor ambulante que restava do lado de fora, também tinha vendido tudo.
Sobraram lá fora, então, os bêbados mais resistentes e o pessoal das bandas. Eu, David Praxedes (baixista do Comando Etílico) e a esposa dele, batemos um papo com o guitarrista e fundador do Omen, Kenny Powell, que se mostrou a simpatia em pessoa. Tomou umas boas doses de Rum com Coca e até pediu cachaça, mas não tinha mais. A esposa de David ofereceu um pedaço do bauru que tava comendo, o cara devorou o sanduba. Até falou mal dos argentinos, mas tudo na brincadeira, claro, pra 'agradar os brasileiros'. Falou o quanto amava os filhos e a esposa. Gente boa pra caramba e tão bêbado quanto a gente.
Os mexicanos também não deixaram por menos e bateram um papo com a galera, exceto, é claro, o vocalista/guitarrista que parecia não querer lero com ninguém. O baixista do Strikemaster pediu pra gente ensinar nossas 'nasty words', favor que atendemos de imediato. A que eles mais gostaram? "Boceta!"
Depois da ótima bebedeira, grandes shows e conversas de mesa de bar globalizadas, era hora de voltar pra casa.
6 comentários:
Carai... Parece ter sido massa... Só em ter uma banda que faz som parecido com Tankard já valeu!!
cada vez que tem metal compromas cerveja mas nunca dá, o povo é uma esponja! ;)
Valeu icaru, legal aí a resenha!
achei bonita a variacao de kelly/flyin do guitarrista.
Cara, já falei com centas pessoas sobre essa festa e todas ficaram alucinadas com o evento, seja pela qualidade de sem, seja pela iluminação, e todos pelas bandas, enfim.
Ponto positivo pro grande Foca, que tá desde o começo do ano tá promovendo um grande evento fudido atrás do outro, todos pra marcarem época.
Lascou-se Foca, se isso tudo é só esquenta turbinas, vc vai ter que rebolar pra arregaçar do capeta no Festival desse ano.
vai vir um rock doido por ai...
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