sexta-feira, 31 de julho de 2009

Slash's Snakepit

por Icaro
Enquanto o resto da equipe do blog tá em Caicó, numa ressaca infinita e sem tempo pra postar aqui, eu, ainda em Natal (chego em Caicó hoje à noite =D), vou deixar uma dica de som antes de viajar. Enjoy!

Depois da desgastante "Use Your Illusion World Tour", que durou quase 3 anos (de 1991 a 1993), o Guns N' Roses resolveu voltar pra casa e tentar arrumar a bagunça. Cada integrante foi pro seu lado, se entender com seus projetos paralelos, enquanto Axl Rose se enclausurava em sua cabeça casa.

A banda, naquela época, já não era a mesma. Drogas, álcool, dinheiro e principalmente egos, enterraram o pouco de respeito que restava entre os, até então, camaradas.

Mesmo assim, o caricato guitarrista Slash resolveu mostrar ao boss (Axl) algumas músicas que ele vinha trabalhando. O manda-chuva ouviu e nem pensou duas vezes antes de dizer um sonoro "não". Axl estava interessado mesmo era em sintetizadores e Nine Inch Nails.

Slash, então, chamou para o seu home studio (chamado de "The Snakepit", ou "O Covil de Cobras", em homenagem as cobras que ele criava em casa) os amigos gunners Matt Sorum e Gilby Clarke (esse já demitido do Guns) e outros de longa data: o baixista Mike Inez (do Alice In Chains) e o desconhecido vocalista Eric Dover (ex-guitarrista do Jellyfish). Juntaram-se no estúdio, fizeram algumas jams e Slash apresentou as músicas que tinha feito para o Guns.

O resultado dessas jams foi o excelentíssimo "It's Five O'Clock Somewhere" de 1995.

Com uma senhora influência de Blues e uma pegada Hard Rock que poucos têm, o Slash's Snakepit fez o seu melhor nesse disco. A introdução no violão e na gaita de "Neither Can I", com clima de "sentado sozinho no cantinho escuro do bar com uma cervejinha gelada e um cigarro depois de um dia duro de trabalho", abre o disco. Apesar de calma, é uma das melhores músicas do CD. Mas os destasques mesmo ficam por conta da 'ode as drogas' "Lower" - com partes arrastadas e outras pesadas e um vocal rasgadão-desesperado de Eric Dover; "Good to Be Alive" - um Hardrockzão frenético; e a 'power ballad' do disco (o single mais conhecido) "Beggars and Hangers-on".

Ah, no disco há ainda participações de Dizzy Reed (do Guns) nos teclados, Teddy "Zig-Zag" Andreadis (músico de apoio do Guns) na gaita e do brasileiro Paulinho da Costa (que gravou muita coisa com Michael Jackson) na percussão.

Confesso que já fui um fanático pelo Guns (quem me conhece, sabe =D) e, em outrora, indicaria esse CD por esse fato. Hoje, indico como um rockeiro. De rockeiro pra rockeiro. Se você gosta de Rock, taí um disco que você tem que ouvir antes de morrer.

Essa era uma banda com a formação perfeita, o feeling exato e a química afinadíssima. Infelizmente, depois de uma pequena turnê pelos festivais do verão europeu, a banda acabou. Slash ainda reuniu outra turma em 2000 e usou o mesmo nome da banda, lançaram um CD ("Ain't Life Grand") mas não vingou. Felizmente eles deixaram essa pérola escondida no Baú do Rock.

Abaixo o link pra download. Clique e não se arrependerás!

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