Sertão Sangrento e o ZN Rock

por WART

Nesse sábado, 19 de setembro, fui com os caras do Sertão Sangrento à Natal para presenciar o ZN Rock, que ocorrera em sua 4ª edição. Compareceram cerca de 300 pessoas ao local, que tem uma estrutura muito legal. Desde já, informo-vos que minhas memórias não são muito claras pois, só na viagem de ida, foram 2 litros de 51, fora a posterior bebedeira nas mais de 6 horas seguidas de evento.

Primeiramente, falarei sobre o Sertão Sangrento:

Death, Popeye e um pedaço de Markim

O show foi foda! Sim! Isso resume bem minha impressão sobre a apresentação dos caras. Como ex vocalista, digo sem nem pestanejar que essa foi a melhor apresentação da banda de todos os tempos. Apesar do curto tempo disponível, os caras mostraram energia, tocaram com vontade, levaram o inferno até Natal. O público marcou presença e demonstrou empolgação do início ao fim, haviam várias pessoas que nunca vi na vida que cantaram as músicas por completo, o que me deixou bastante admirado, pois uma banda underground do interior chegar a esse nível de reconhecimento é algo surpreendente.

ó eu ali no mêi com o punho levantado, rá!

Os caras começaram logo arregaçando tudo com I Wanna Live, dos Ramones. Isso já foi mais que suficiente pra animar o pessoal, que foi formando uma roda de pogo. Daí pra frente foram 11 músicas prórias, tocadas de forma rápida e crua, indo direto ao ponto. Destaque para Animal, que contou com a minha embreagada e alucinada participação. Ainda tocaram no meio do show Last Caress, dos Misfits, e finalizaram com We Are 138, dos mesmos. Mais uma vez, repito, foi foda!

Seguindo meu review não sequenciado (!), agora é hora de falar do Dr. Carnage. O som dos caras é muito bom, rápido e sem frescuras, com letras com teor bruto/cômico, assemelhando-se a uma fusão muito doida de Matanza com Zumbis do Espaço, mas mantendo a identidade própria. Agradou-me bastante e entrou, sem dúvidas, para o rol das minhas bandas natalenses preferidas. Vale ressaltar que houve uma participação de Popeye, vocal do Sertão, no cover da música Enquanto eu Defecar, dos Zumbis do Espaço.

Por último, dentre as bandas que para mim se destacaram, está o Ravanes. Thrash metal impiedoso, tocado de forma muito competente. O som dos caras é um tapa no pé-do-ouvido daqueles que derruba e deixa desorientado! Toda apresentação foi muito boa, mas, indiscutivelmente, destacou-se a música que escolheram para finalizar: nada mais nada menos que Desperate Cry, do Sepultura. Destruidor. Senti falta dos solos de guitarra, mas nada que comprometesse.

Todas as outras bandas foram muito competentes no que fizeram e agradaram, cada uma da sua maneira, ao público presente. Eu não sou um bom crítico, pois só sei falar daquilo que me agrada, por isso trago agora pra vocês trechos dos reviews de Foca e Marcelo, originalmente publicados no site DoSol:

Rejects, banda de Foca

Underneath: O som é um screamo desses tipo Glória e afins. O destaque vai para a vocalista e o baterista. O timbre "zoom" das guitarras não ajudou mas foi um show honesto.

Subgrave: O pessoal de Pau dos Ferros (...) fez bonito em seguida. Trio bem resolvido, com as letras com uma temática 80. (...) Terminaram o show com o cover mais inusitado da noite: Joe Satriani.

Rejects: Formação legal, bem enxuta com riffs pesados. A voz do vocal lembra um james hetfield abrasileirado.

Distro: Tem um som bem legal, mas é do tipo de som que não anima em shows. É bom de pegar o cd e sacar em casa com calma. Fizeram uma apresentação bacana.

Calistoga: O Calistoga que me deixou intrigado. O vocalista inventou de usar um daqueles aparelhos mega-eletrônicos pra alterar a voz, mas que dava um zunindo gigante pra quem tava na galera. (...) Quando a banda tocava sem aqueles efeitos, era bem bacana. Quando o cara resolvia ligar, tapa os ouvidos!

Decreto Final: Jogando em casa e sendo o anfitrião da noite também aproveitou bem o espaço.

AK-47: O AK-47 fez um excelente show! (...) Fizeram um show brutal e animou quem os arrodeou naquele canto de parede pra ver.

Verdade Suprema: (...) Fizeram um ótimo show, tocando músicas próprias e alguns covers para o pouco mais de 50 pessoas que ficaram.

Gandhi: Fechou com seu metalcore de qualidade. As guitarras estão muito bem trabalhadas.

Pois bem amiguinhos, de forma bem resumida (podem acreditar), foi tudo isso aí e bem mais. Evento muito bem organizado e que não deixou em nenhum momento a desejar. Que aconteçam outros e mais outros, certamente estaremos por lá novamente!

Fotos por Ana Morena. Outras aqui.