O documentário “A Execução de uma adolescente no Irã” (Execution of a Teenage Girl in Iran, 2006) conta a história de uma menina de 16 anos assassinada no Irã por “pecados contra a castidade”.
O filme é uma denúncia ao aviltamento dos direitos humanos, mais especificamente, dos direitos humanos da mulher, criança e adolescente.
Ressalto antes aqui, que não acredito em um regime político melhor ou pior que o outro. Não acredito que a tão propalada “democracia” ocidental seja melhor ou pior que a teocracia iraniana. Ou que o capitalismo seja inferior ou superior às iniciativas socialistas e comunistas que vimos sucumbir.
Acredito sim que haja injustiças que se diferenciam qualitativamente e quantitativamente, dependendo do período e do líder de cada governo. Essas injustiças são na maioria das vezes negadas pelos governos. Por exemplo: o assassinato do brasileiro Jean Charles pelo governo inglês; o massacre dos armênios pelo governo turco na primeira guerra mundial; o genocídio de palestinos pelo governo israelense desde 1948 (Inclusive, postei um documentário sobre isso neste mesmo blog); no Brasil, as torturas e assassinatos da Ditadura Militar nas décadas de 60 e 70.
Acredito também que, independente da cultura, os direitos humanos devem ser respeitados... e não me importa se apedrejar mulheres no Afeganistão faz parte da cultura do país ou se o assassinato de pequenos índios na Amazônia vem sendo feito a milênios por algumas tribos. O ser humano deve "evoluir" e estas práticas devem ser extintas.
O caso da menina Atefah Sahaaleh é um triste exemplo de como qualquer instituição humana pode ser utilizada para a humilhação, tortura e até para o assassinato. Nesse caso, a própria religião, que está intrinsecamente aliada ao estado, serve de abrigo para aqueles que perpetuam a violência.
É a micro violência disseminada nas malhas do tecido social: o machismo, a discriminação de gênero, o falso moralismo, presente em todas a culturas das mais diversas formas, veladas ou explícitas.
Deixo aqui o link para o download do documentário. Deverá ser feito via torrent... está em uma qualidade muito boa e as legendas em português.
1 comentários:
Laércio
Baixei e achei o filme aterrador. A pobre da menina sem dúvidas não tinha culpa no cartório.
Acontece a mesma coisa na China, só que em escala industrial, porque os órgãos abastecem o mercado negro de compra de órgãos humanos.
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