Moro em Caicó há 21 anos. Foi aqui onde nasci, passei minha infância, adolescência e de quebra, também foi aqui que passei a encarar o Sol como uma ameça.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Caicó Arcaico
Moro em Caicó há 21 anos. Foi aqui onde nasci, passei minha infância, adolescência e de quebra, também foi aqui que passei a encarar o Sol como uma ameça.
BÔJU
Recomendo ao pessoal mais novo que baixe imediatamente.
Caicó Subterrâneo 6°
Neste número, como sempre, temos o de praxe: resenhas de CDs, shows, entrevistas e muito mais. Tá prontinho, só imprimir e ler onde achar melhor. Se preferir, e tiver paciência, passe para amigos, vamos manter o zine circulando.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Wolfbrigade
Download - Wolfbrigade - Allday Hell
Rede Globo de Dominação
Do blog de Paulo Henrique Amorim:
Repórter da Globo desmente versão de cárcere privado
27/04/2009
Por Max Costa*
Vitor Haor, repórter da TV Liberal - afiliada da TV Globo -, depôs ao delegado de Polícia de Interior do Estado do Pará e, em seu depoimento, negou que os profissionais do jornalismo tenham sido usados como “escudo humano” pelos Sem Terra, bem como desmentiu a versão - propagada pela Liberal, Globo e outras emissoras - de que teriam ficado em cárcere privado, durante conflito na fazenda Santa Bárbara, em Xinguara.
Está de parabéns o repórter - um trabalhador que foi obrigado a cumprir uma pauta recomendada, mas que não aceitou mais compactuar com essa farsa. Talvez tenha lhe voltado a mente o horror presenciado pela repórter Marisa Romão, que em 1996 foi testemunha ocular do Massacre de Eldorado dos Carajás e não aceitou participar da farsa montada pelos latifundiários e por Almir Gabriel, vivendo desde então sob ameaças de morte.
A consciência deve ter pesado, ou o peso de um falso testemunho deva ter influenciado. O certo é que Haor não aceitou participar até o fim de uma pauta encomendada, tal quais os milhares de crimes que são encomendados no interior do Pará. Uma pauta que mostra a pistolagem eletrônica praticada por alguns veículos de comunicação e que temos o dever de denunciar.
Desde o início, a história estava mal contada. Um novo conflito agrário no interior do Pará, em que profissionais do jornalismo teriam sido usados como escudo humano pelo MST e mantidos em cárcere privado pelo movimento, em uma propriedade rural, cujo dono dificilmente tinha seu nome revelado. Quem conhecia e acompanhava um pouco da história desse conflito sabia que isso se tratava de uma farsa. A população, por sua vez, apesar de aceitar a criminalização do MST pela mídia e criticar a ação do movimento, via que a história estava mal contada.
As perguntas principais eram: como o cinegrafista, utilizado como “escudo humano” - considero aqui a expressão em seu real sentido e significados -, teria conseguido filmar todas as imagens? Como aconteceu essa troca de tiros, se as imagens mostravam apenas os “capangas” de Daniel Dantas atirando? Como as equipes de reportagem tiveram acesso à fazenda se a via principal estava bloqueada pelo MST? Por que o nome de Daniel Dantas dificilmente era citado como dono da fazenda e por que as matérias não faziam uma associação entre o proprietário da fazenda e suas rapinagens?
Para completar, o que não explicavam e escondiam da população: as equipes de reportagem foram para a fazenda a convite dos proprietários e com alguns custos bancados - inclusive tendo sido transportados em uma aeronave de Daniel Dantas - como se fossem fazer aquelas típicas matérias recomendadas, tão comum em revistas de turismo, decoração, moda e Cia (isso sem falar na Veja e congêneres).
Além disso, por que a mídia considerava cárcere privado, o bloqueio de uma via? E por que o bloqueio dessa via não foi impedimento para a entrada dos jornalistas e agora teria passado a ser para a saída dos mesmos? Quer dizer então que, quando bloqueamos uma via em protesto, estamos colocando em cárcere privado, os milhares de transeuntes que teriam que passar pela mesma e que ficam horas nos engarrafamentos que causamos com nossos legítimos protestos?
Pois bem, as dúvidas eram muitas. Não apenas para quem tem contato com a militância social, mas para a população em geral, que embora alguns concordassem nas críticas da mídia ao MST, viam que a história estava mal contada. Agora, porém, essa história mal contada começa a ruir e a farsa começa a aparecer.
* Max Costa é jornalista de Belém e também membro da secretaria geral do PSOL
Ideologia e Revolta
O legal mesmo de se ler zines antigos, no caso o Caicó Subterrâneo, é que você pode ver a história da cidade se desenrolando, com fatos legais que aconteceram e mereciam sim ficarem registados.
Neste número temos um monte de textos, resenha de CDs, quadrinhos e por ai vai.
Aproveitem, baixem e distribuam por ai!
terça-feira, 28 de abril de 2009
Almoço Nu
Almoço Nu é um livro visceral, cru, pra quem tem estômago. Nessa obra Burroughs descreve os tortuosos caminhos percorridos pelos viciados em drogas "junk" (termo genérico para ópio e/ou derivados, inclusive todos os sitéticos, do demerol ao palfium), como ele mesmo define. Viciado em "junk" durante 15 anos, se meteu no submundo do crime e conheceu figuras que de tão impressionantes se confundem com ficção, e relata tudo em seu livro. Também foi um grande crítico da sociedade americana e uma figura com uma vida bastante conturbada.
Nascido em berço de ouro e formado pela universidade de Harvard, Willian S. Burroughs foi ensaísta, romancista, cientista e poeta. Nasceu no dia 2 de fevereiro de 1914, concluiu Almoço Nu em 1959, em Londres, durante um dos muitos tratamentos para se livrar do vício. Burroughs sempre sofreu de uma espécie de "negação da respeitabilidade" e viveu o ápice desse processo em 1951 quando matou sua mulher por acidente, numa brincadeira de Guilherme Tell. Almoço nu foi a sua confissão final, depois de concluir a obra, abandonou completamente as drogas e se estabeleceu em Londres definitivamente.
Eu definiria a linguagem do livro como "gore", definitivamente, para quem tem estômago.
Uns trechos do livro:
"A gente sabe como é essa rotina de alfinete de segurança e conta gotas. Ela pegou um alfinete de segurança manchado de sangue seco e oxidado, abriu um grande buraco na perna que parecia se oferecer como uma boca obscena e inflamada, esparando exprimível comunhão com o conta gotas, que ela mergulha na ferida aberta. Mas sua espantosa e galvanizada necessidade quebrou o conta gotas fundo na carne torturada da coxa."
"E agora voltemos novamente ao campo de batalha. Um jovem penetra em seu confrade, enquanto outro jovem amputa a parte mais orgulhosa do estremecido desse caralho, sendo beneficiário que o membro visitante se proteja para encher o vácuo que a natureza abomina, e ejacula na Lagoa Negra onde piranhas, impacientes, abocanham a criança não nascida; aliás — em vista de certos fatos bem estabelecidos –, é pouco provável que nasça."
"A America não é uma terra jovem: já era velha e suja e má antes dos colonizadores, antes dos índios. O mal estava lá, esperando."
"Nova Orleans é um museu morto. Andamos pela Exchage Place cheirando paregórico e imediatamente encontramos o Homem. É um lugar pequeno, e os tiras sempre sabem quem está no negócio, de modo que o cara pensa: "O que importa?" e vende a qualquer um. Fizemos estoque de heroína e subimos de volta para o México."
Eu recomendo e espero que gostem.
E LÁ VAMOS NÓS!
Nossos colaboradores são mais do que amigos, são irmãos de bar, compartilham das mesmas idéias e estão dispostos a mostrar seu ponto de vista sem preocuparem-se com o que os mais conservadores falarão.
Nosso blog será voltado, de início, para a cultura underground do Rio Grande do Norte, e quando falo isso quero dizer o estado todo, não somente Natal, que é o que a maioria dos blogs e sites do nosso estado visa. Queremos mostrar o território todo, com todas as suas peculiaridades, regiões e cidades, sem esquecer ninguém, ou pelo menos tentando. Para isso estamos recrutando voluntários de toda parte e pessoas dispostas a lutar pela sua região, descentralizando os olhares que estão voltados exclusivamente para a capital.
Espero realmente que o Blog vingue, que as idéias floresçam, que as mentes se abram, que o som aumente e que o nosso grito consiga chegar bem longe, sem esquecer de nossas raízes e sabendo que nem tudo é o inferno que pregam.
Sejam bem vindos!
Cuidado com a Lua!